Introdução
Registro, documentação ou necessidade de expressão, sacra ou profana, o fato é que a incisão ou gravado sobre superfícies rijas está presente desde que se conhece a história do homem. É de se supor que o esforço de apropriação e revelação de seu universo, milhares de anos antes da invenção do papel e da imprensa, tenha levado o homem a uma forma de registro. Possivelmente esta intenção aliada ao gesto de gravar impregnou de características específicas aquilo que iria estruturar uma "linguagem" bem distinta da do desenho, da pintura, da escultura, da fotografia e do cinema.
A troca, a comunicação e a divulgação no momento em que o homem se organiza socialmente, e especificamente com o advento dos primeiros núcleos urbanos, criaram a necessidade de encontrar um meio de multiplicação não só de texto como também de imagens. As implicações culturais e sociais que daí advieram são indiscutíveis.
A multiplicação de um original - a partir de uma matriz geradora veio romper a tradição valorativa da peça única, provocando uma renovação que iria afetar, inclusive o conceito e as avaliações estéticas. O valor de uma obra que aumenta ou diminui pelo fato de estar limitada a um possuidor privilegiado é quando muito, posta em questão. Esse valor na obra de multiplicação aumenta na medida do seu desdobramento, uma vez que patrocina a possibilidade de um convívio sem barreiras geográficas, sociais e culturais, com imagens, conceitos permanentemente transformadores da realidade. Assim a gravura vem expressar os anseios dos homens, sociais e culturalmente distanciados e diferenciados, consignados deste modo o seu alto sentido democrático.
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Gustavo Rosa
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A0054
Gustavo Machado Rosa (São Paulo SP 1946). Artista plástico. Realiza a sua primeira exposição individual na Galeria Alberto Bonfiglioli em 1970, tendo já ganho no ano anterior a medalha de ouro e o prêmio de viagem ao exterior no 1º Festival de Artes Interclubes, no Clube Monte Líbano. Em 1974, estuda gravura com o norte-americano Rudy Pozzati, no Museu de Arte Brasileira da Fundação Armando Álvares Penteado - MAB/Faap. Em 1979 e 1980 participa da Exposição Brasil-Japão em Tóquio. Expõe, em 1979, no Salão Nacional de Artes Plásticas e, em 1980 e 1983, no Panorama da Arte Atual Brasileira, no MAM/SP. Realiza painéis externos, em 1984 na Rua Bela Cintra e em 1987, na Rua Mario Ferraz, para Tereza Gureg. Em 1990 participa de exposição coletiva no International Museum of 20th Century Arts, em Los Angeles, Estados Unidos. Lança, em 1994, uma grife com o seu nome em Nova York. Em 1998, desenvolve as capas de cadernos escolares da marca Tilibra. Neste mesmo ano executa uma escultura em homenagem a Maria Esther Bueno, na Praça Califórnia, em São Paulo. Em 2000, monta escultura de um gato, sob o Viaduto Santa Efigênia
Nascimento
1946 - São Paulo SP - 20 dezembro
Cronologia
Artista plástico