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Elon Brasil

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A0261

Artista plástico autodidata, nasceu em 1957, na praia de Jurujuba, Niterói - RJ, onde aos seis anos de idade começou a rabiscar seus primeiros crayons. Mudando-se em 1968 para São Paulo, aos 12 anos, ganhou sua primeira medalha de ouro na II PINARTE de Pinheiros. Em 1970, juntamente com os artistas Aldemir Martins, Clóvis Graciano e Carlos Scliar, Élon ilustrou o livro de poesias 'Cantando os Gols' de Battine.
Filho de baianos, a mãe negra, neta de índios e seu pai - o artista Milton Brasil - neto de imigrantes italianos e portugueses Élon resgata em sua história e origem, a fonte de inspiração. Tornou-se conhecido internacionalmente , morando na Suíça por seis meses, onde conquistou várias oportunidades de expor o seu trabalho e ainda pintar encomendas para colecionadores europeus.
Nas suas telas, mais do que reproduzir com fidelidade as cores e traços indígenas, o artista explora a textura, expressando em técnica mista a aspereza das peles pardas, discriminadas e sofridas dos povos ameaçados pela urbanização. Em 1983, ele morou com os índios Xavantes no Mato Grosso e fez contato com as tribos Tuparys, Yarunas e Tucanos em Rondônia e no Amazonas. Vivia como eles, participando dos rituais de crença, da busca pelo alimento na mata e dos costumes mais rústicos. Depois, o artista foi para a África, onde teve as mesmas experiências na procura do entendimento do misticismo. Hoje sua obra figurativa é composta por figuras da terra: índios, negros e caboclos, sempre cercados por texturas e cores marcantes. O objetivo é ressaltar e preservar a cultura brasileira e as suas raízes, sem maiores discursos.

A cultura indígena foi determinante nos trabalhos do artista Élon Brasil. Para Élon, essa busca constante dos traços aborígene surgiu na década de 80, quando teve seu primeiro contato com uma tribo de Xavantes, no Mato Grosso do Sul. Desde então, o pintor visitou muitas outras tribos no Brasil e, inclusive, no Canadá.
Além disso, Élon preocupado com suas raízes, estendeu seus estudos a cultura africana, permanecendo 50 dias no continente da África. Dentre todos os seus estudos, uma característica predominou em suas obras: a mistura de tecidos sobre a qual pinta sob a técnica de óleo sobre tela resina, garantindo uma textura peculiar. Para isso, Élon utiliza tecidos rústicos, como: estopas de saco de café, açúcar e pimenta do reino. As obras do pintor estão expostas em diversas cidades do mundo, sendo elas da Europa, Canadá e Brasil.

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