Introdução
Registro, documentação ou necessidade de expressão, sacra ou profana, o fato é que a incisão ou gravado sobre superfícies rijas está presente desde que se conhece a história do homem. É de se supor que o esforço de apropriação e revelação de seu universo, milhares de anos antes da invenção do papel e da imprensa, tenha levado o homem a uma forma de registro. Possivelmente esta intenção aliada ao gesto de gravar impregnou de características específicas aquilo que iria estruturar uma "linguagem" bem distinta da do desenho, da pintura, da escultura, da fotografia e do cinema.
A troca, a comunicação e a divulgação no momento em que o homem se organiza socialmente, e especificamente com o advento dos primeiros núcleos urbanos, criaram a necessidade de encontrar um meio de multiplicação não só de texto como também de imagens. As implicações culturais e sociais que daí advieram são indiscutíveis.
A multiplicação de um original - a partir de uma matriz geradora veio romper a tradição valorativa da peça única, provocando uma renovação que iria afetar, inclusive o conceito e as avaliações estéticas. O valor de uma obra que aumenta ou diminui pelo fato de estar limitada a um possuidor privilegiado é quando muito, posta em questão. Esse valor na obra de multiplicação aumenta na medida do seu desdobramento, uma vez que patrocina a possibilidade de um convívio sem barreiras geográficas, sociais e culturais, com imagens, conceitos permanentemente transformadores da realidade. Assim a gravura vem expressar os anseios dos homens, sociais e culturalmente distanciados e diferenciados, consignados deste modo o seu alto sentido democrático.
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Eduardo Lima
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A0038
Nasceu em 16 de Janeiro de 1954, em São Paulo, Brasil, onde reside e trabalha.
Sua primeira exposição foi, em 1975 na Aliança Cultural Brasil – Japão, com Sumi-ê.
Tem participado de varias exposições na Brasil e no exterior, destacando-se a XX Bienal
Internacional de São Paulo em 1989.
Formação:
Zoraide da Costa – 1972 - Desenho
Waldemar da Costa – 1972 à 1977 – Desenho e Pintura
Massao Okinaka – 1974 - Sumi-ê
Glauco Rodrigues – 1979 à 1984 - Pintura
Octavio Pereira – 1986 - Litografia
Universidade Mackenzie – 1975 - Desenho - Industrial