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Aloysio Zaluar

Aloysio Zaluar

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A0351

Aloysio Zaluar nasceu no Rio de Janeiro (3-5-1937). De perto seguiu a movimentação da chamada 'Arte Contemporânea', através da presença internacional do abstracionismo informal- até a eclosão de uma nova forma de predominância estética e política- a Pop-Art norteamericana. Desde estudante, na Escola Nacional de Belas Artes (1956-61), o artista, deparou-se com os modelos de ocupação cultural, estratégicos, como as metas 'modernas', da política sedutora de novos produtos consumíveis.
Seguindo o ritmo febril do progresso, como artista expressionista, pesadamente pessimista, militou no Salão Nacional de Arte Moderna de 1956 a 1968. Com 'Isenção de Juri', no Salão de 68, rompeu definitivamente com a carreira de 'Artista de Salão', anunciando Macunaíma: 'Pouca Saúde E Muitos Pintores, Os Males do Brasil São!'.
Nos anos 70, como amigo e interlocutor de vários artistas de Vanguarda, presenciou a difícil trajetória destes criadores, até a academização constrangedora dos dias atuais e o inesperado abandono do conceito de Vanguarda e de Modernismo - com a derrocada ambiental provocada pela impotência do ideal de progresso. Pessimista mas bem humorado, em 1975, lançou o manifesto: Das Lupems Udigrudi (Pedra de Guaratiba - 1975) e o personagem psicossocial, Al Zalu, do Potentado de Azurara.
A partir de 1976, o artista, através das sombras periféricas da Zona Oeste do Rio de Janeiro, anunciou em suas pinturas, panfletos e reportagens, sua leitura especial, da ciranda da violência urbana, através da chamada em cima dos fantásticos mascarados do carnaval: 'O clóvis Vem Aí!'s. Trabalhando, ininterruptamente, com suas idéias, suas histórias e sua produção visual, o artista acha estranho, se ver rejeitado, quando suas propostas conhecidas, são colocadas à venda, no mercado institucional, em nome de criaturas sem imaginação e sem ética alguma.
Seu último trabalho reuniu inúmeras idéias: Rio Percusão, o Som da Forma, reunir capoeira e várias possibilidades estéticas coletivas. O local foi o Centro Cultural Laurinda Santos Lobo, em maio de 1999. Lá foi apresentada, sempre com sucesso, sua Trapizonga - instrumento interativo ou escultura sonora. Além de inúmeras rodas de capoerira, chorinho, jongo, poesia etc. Um evento multi-disciplinar que apresentava vídeos, filmes, fotografias e uma exposição retorspectiva de Aloysio Zaluar, com montagens de imagens mecanicamente reproduzidas, reportagens, textos e idéias do artista, registradas em cartório e na memória dos amigos.'

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